Preciso de férias

Nunca acreditei muito nessa coisa das depressões - que sacrilégio! ;) - mas a verdade é que, ultimamente, começo a compreender aqueles que dizem viver num mundo coberto por uma cortina espessa chamada tristeza e rodeados por uma inércia constante. Aquilo que eu pensava ser fruto do cansaço, tem-se tornado insuportável.

No meu caso, arrasto-me até ao emprego, arrasto-me para me desligar das músicas mais lamechas do meu iPod e dou comigo a chorar por dá cá aquela palha. Eu sei que chorona já eu sou... mas não tanto assim.

E que faço? Devoro (OS) livros, revejo vezes (sem conta) O filme e penso em mandar sms a todos os seres vivos da minha agenda telefónica - os que devo e os que não devo. As noites são longas, custa-me a adormecer e durmo mal. Voltas e voltas na cama.

Lá me aguento à bronca e telefono/escrevo a alguns amigos. Organizo snacks aqui em casa. Espero pelo fim de semana em Lisboa. Penso nos amigos, na companhia, num copo no bairro Alto e sorrio. Mas, também dou por mim, a pensar: "é melhor levar os livros... just in case".

Acho que estou a ficar doida. Ou então - sempre optimista - preciso de férias. Num lugar quente, que estou farta do Inverno.
Deve ser isso.